terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Atenção com as sacolas oxibiodegradáveis

A minha própria ignorância me fez acreditar, ou me fizeram acreditar? Que as sacolas oxibiodegradáveis seriam a solução para o problema do descarte inadequado das sacolas plásticas na natureza, mas foi um engano. De acordo com uma matéria escrita por Francisco de Assis Esmeraldo, (engenheiro químico, presidente da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos e membro dos conselhos ambientais da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro e da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul) que saiu no site do Terra no ano passado, esclarece que esse tipo de plástico não se biodegrada, o que acontece é que ele recebe um aditivo que acelera seu processo de degradação e se divide em milhares de pedacinhos que se transformam em um pó. Esse pó facilmente será espalhado por todo lugar. Sua contaminação é tão grave ou até mais que qualquer outro plástico descartado na natureza.
Então fique alerta e não saia por aí descartando as ditas sacolas e sacos oxibiodegradáveis em qualquer lugar. Muitas empresas estão distribuindo esse tipo de sacola para fazer marketing ambiental. Dê sempre preferência para a sua sacola retornável e descarte os sacos e sacolas plásticas no lixo reciclável.
Em um futuro próximo todos nós vamos agradecer.
Apoiamos a campanha saco é um saco.

3 comentários:

  1. Prezada Sra. Bianca,
    Peço sua licença para postar meu comentário a respeito deste post. A critica e o debate baseado em fundamentos é sempre bem vinda. Nem todos precisam gostar da mesma coisa, nem precisam usar plásticos oxi-biodegradáveis se não desejarem. No entanto deixo minha sugestão que procure se inteirar do assunto, ouvir as partes e principalmente saber quais são as partes envolvidas neste assunto. A pessoa a quem a Sra. se refere neste post é presidente da Plastivida, entidade fundada e mantida pelas petroquímicas, com total interesse que os plásticos continuem a serem consumidos. Afinal, defendem seus próprios interesses comerciais num momento em que o mundo se depara com os problemas ocasionados pelos plásticos abandonados no meio ambiente. Peço a gentileza de citar quais provas e laudos foram apresentados por esta entidade comercial que embasem e provem o que dizem e que neste blog foi copiado, inclusive identificando o material, tecnologia, quem fabricou, método de teste etc. Somos representantes da tecnologia d2w, dos plásticos de ciclo de vida útil controlado, com degradação e biodegradação regulamentada e provada de acordo com o padrão de testes ASTM 6954-04 que prova que degradam, biodegradam e não restam resíduos tóxicos. Todos os laudos estão disponíveis para consulta de quem é interessado na verdade e nos fatos. Os testes e laudos foram realizados por universidades, laboratórios e centros de pesquisa independentes, creditados e reconhecidos. Havendo dúvidas, é só contratar um laboratório para realizar os testes, é fácil, pois foram feitos de acordo com padrões reconhecidos. Temos orgulho de representar comercialmente uma tecnologia e material que efetivamente protege o meio ambiente e a vida. Tecnologia, materiais e produtos d2w são fabricados em mais de 70 países, inclusive no Brasil, onde milhares de empresas sérias utilizam, muitas delas embasadas em seus próprios testes.
    Obrigado
    Atenciosamente
    Eduardo Van Roost
    RES Brasil
    (19) 3871 5185
    www.resbrasil.com.br

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  2. Prezado Sr. Eduardo, agradeço seu comentário.
    Acho muito importante que nós possamos ouvir alguém que representa essa nova tecnologia; pois até o momento não percebi debate ou discussão pública sobre esse novo produto que já está no mercado há algum tempo.
    Em nenhum momento defendi o uso de sacolas plásticas, inclusive o uso das ‘oxi-biodegradáveis’ uma vez que estas continuam sendo plástico com o adicional de receberem aditivos químicos para acelerar o seu processo de degradação. Tenho parcimônia com tudo que recebe aditivos químicos. Desde antes da revolução industrial a regra sempre foi a do lucro imediato.
    O plástico é um derivado do petróleo, substância não renovável. Toda a produção de plástico é ambientalmente nociva.
    Hoje, todos nós estamos cientes que o plástico descartado incorretamente está causando sérios danos ambientais no que diz respeito ao espaço que ocupa até a sua decomposição, que demora séculos, mas quando estes produtos foram colocados no mercado não tínhamos essa certeza.
    Se você acelera o processo de decomposição do plástico e o faz desaparecer das nossas vistas não quer dizer necessariamente que não estará gerando contaminação no ambiente.
    O que eu percebo é que ainda existem muitas dúvidas quanto à degradação do plástico na natureza incluindo os oxi-biodegradáveis.
    Nós aqui do blog defendemos o uso de sacolas retornáveis e de preferência confeccionadas em fibras naturais por acreditar que essa seria a atitude mais correta.
    Aproveitando esse debate, lanço o desafio para todos interessados (população, ONGs, governo e empresas) que seja realizado no Brasil um evento no qual possam ser discutidas essas questões, incluindo o bioplástico. Nessa ocasião todas as partes poderão levar provas e laudos de renomados laboratórios e de especialistas, cientistas e ambientalistas de conceituadas universidades brasileiras e estrangeiras para dessa forma sejam sanadas quaisquer dúvidas sobre o plástico e assim escolher o que causará menor impacto ambiental sendo o melhor para a manutenção da vida neste planeta.
    Em tempo: Estamos fartos de jogadas políticas e econômicas sem comprometimento com o meio ambiente. Citei o Presidente da Plastivida, assim como poderia ter citado outras pessoas que estão questionando o uso dos oxi-biodegradáveis.
    Este blog tem como princípio o questionamento.

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  3. Prezada amiga blogueira "Sra Bianca", se me der licença (cuidado com a ambiguidade), também gostaria de comentar.
    Como sou muito otário, fiquei sem entender os motivos para defender o uso desse plástico "revolucionário" em detrimento de sacolas retornáveis. Claro que não deve ser por interesse. Aliás, sei que não faltam pesquisas patrocinadas por interesses econômicos.
    Outra coisa que me deixa pensando é se produzir o tal plástico óxi-biodegradável é necessário extrair matéria prima de algum lugar e usar energia no processo ou isso dá em árvore e eu não sei.
    Peço desculpas ao Sr Eduardo Van Roost pela ignorância e pelo linguajar não-científico, mas a linguagem pomposa pra defender soluções mirabolantes já desgastaram meu pobre léxico.

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