A explosão que aconteceu numa loja de fogos de artifício na grande São Paulo foi um dos temas do noticiário na semana passada. Essa não foi a primeira vez, e infelizmente, não será a última que esse tipo de “acidente” vai acontecer, caso as pessoas não se conscientizem. Segundo as autoridades, a loja não estava com a autorização em dia para vender os fogos. Mas todo mundo comprava lá, caso contrário o estabelecimento estaria fechado. Não querendo tirar a responsabilidade do proprietário pelas mortes e danos materiais causados pela explosão; autoridades, vizinhança e clientes da loja são todos responsáveis pelo ocorrido.
Lembro que alguns anos atrás, houve uma discussão sobre a queima de fogos na saída de um teatro por ocasião de festas de formatura, esse teatro ficava próximo a uma praça e os fogos acabavam atingindo as árvores e por consequência, os pássaros que habitavam esse local causando dessa forma prejuízos ambientais irreparáveis.
Quem tem cachorro em casa sabe o quanto eles ficam assustados nas festas de final de ano e Carnaval com a poluição sonora causada pelos fogos, rojões e bombinhas. Mas além da poluição sonora, somos submetidos também a poluição química. Segundo o site "New Scientist", estudos já apontaram que os fogos de artifício liberam substâncias químicas no ar como bário e perclorato que são altamente tóxicas. Ocorre também que milhares de partículas de dióxido de carbono são espalhados no ar, aumentando assim a emissão de gases na atmosfera contribuindo para o aquecimento global.
Até dá para entender o fascínio que os fogos de artifício exercem sobre as pessoas, é um espetáculo bonito de se ver. Mas será que o risco de incêndios e os danos causados por esses atos piromaníacos valem a pena? Por ano, quantas pessoas morrem, ficam mutiladas ou cegas? A solução seria adotar formas de diversão mais ecológicas, sem substâncias que agridam o meio ambiente, que não façam tanto barulho e que não atentem contra a vida. Jogos de luz e laser são, na minha opinião, alternativas mais inteligentes.
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